sábado, 23 de abril de 2011

Fourteen


Ah como me dói, doem as costas, dói à cabeça, dói à perna, dói a bolada de handebol. Aperta à insônia, o dinheiro, a vontade de fazer porra nenhuma. A pressão pra passar de ano, pra ser alguém na vida. Como me dói ter quatorze, e não treze.

sábado, 16 de abril de 2011

Crime Mudo.


 É tudo tão escuro quando me vejo sozinho. A lua parece ter um brilho fosco demais para alcançar minha janela. As idéias em minha mente rodam como a velha Audi na alto-estrada que leva a lugar nenhum.
O efeito exercido sobre mim parece vir de você. As noites com o ar frio, e longas, enquanto os dias parecem alaskianos. Suas palavras agora mudas parecem uma tentativa de tirar do meu corpo a faísca de sentimento existente.
O bar cheio de velhos e suas historias me soam como algo melancólico e, em toda sua tristeza, o tom me parece como parte de mim.
O canto de sereia que me aproxima do doce mar verde tem agora os acode tão longínquos como o seu suspiro de vida. O sangue em minhas mãos cheira como culpa, mas denuncia alto um amor jamais sentindo pela velha carcaça (barbada e fedorenta) que em seus murmúrios pestanejam as palavras que agora o condenam de um crime inconsciente que jamais pensara se capacitar de praticá-lo.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Big City Dreams

Nessa cidade falida, de muros cinza, e rosas sem vida. A vida parece tão vazia e fácil de ser perdida com a palavra que começa com m e sempre é tão temida. Uma voz alta, algo tão escandaloso onde tudo é tão simples e todos têm olhos em um futuro pouco promissor onde uma casa e três filhos e tudo que se pode desejar ter, com quem sabe ao lado a pessoa amada.
Não, eu não nasci para isso tudo. Eu quero ver cores, sons altos, e muros pixados. Perdão se não sigo a lei de onde vivo, e não me contento com o que tenho. Mas sonhar com a grande cidade é tão bom, tanto quanto saber que um dia poderei enfim estar lá, nela vivendo.  
Não culpe a mim, é a única coisa que lhe peço, afinal não tenho culpa! É algo que esta no meu ser, algo que vai além da minha mera compreensão. Não viver aqui, não me contentar com o verde, e desejar ser cercada por prédios que arranham o céu azul que há tanto tempo quando criança eu olhei imaginando o dia que daqui sairia.
Um tom doce parece poder soar. Não é fácil, eu sei, viver em uma cidade onde ninguém ao menos faz idéia da sua existência. Mas poder estar onde tudo pode acontecer, onde eu posso brilhar. Talvez toda a pressão seja fácil de ser agüentada quando se trata de um sonho.

domingo, 3 de abril de 2011

Quando as cortinas se fecham.

Disquei o numero que já sabia praticamente de cor. Não chamou, a ligação foi direto para a caixa de mensagens. Ele estava com ela.  Meus olhos se encheram de lagrimas e o aperto no peito pulsou. Ela sempre seria mais importante, sempre seria a qual que o faria desligar o celular quando a tivesse como companhia. A única com quem ele um dia, provavelmente, se casaria. Suspirei. Pouco me importa! Afinal, ela pode ser a namorada, a noiva, a futura mulher. Mas quando as cortinas se fecham após um espetáculo e as luzes apagadas impedem a platéia de ver os atores, sou eu quem estará nos braços dele.  Sou em para quem ele jura amor, e ama de forma doce em uma cama de motel. Sou eu que ele sempre tem e terá ao lado quando precisar. Independente do que aconteça. 


sinopse de mais uma de tantas historia que estou escrevendo.

O vicio do errado.

Um passo premeditado ao que sabes que não é certo. Uma dor leve, que te trás certa satisfação no ato. Como provar de um cacho de uvas. Elas estão verdes, e você sabe, mas o fato de comê-las mesmo que o gosto amargo fixe-se em sua boa, lhe trás um prazer inexplicável.