terça-feira, 28 de setembro de 2010

Me deixa!

Ah, hoje me deixa chorar
Que eu quero é desidratar
Desidratar essa dor no peito
Que me afeta os sonhos
A vontade de viver
Ah, me deixa vai!
De você não quero mais
Ah, me deixa!
Hoje eu quero mentir
E dizer que não te amo mais.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

algo meu.

Em meio às cartas recebidas, rosas queimadas, lágrimas derramadas meu afeto por ti ainda vive. Não da mesma forma que vivia antes, da forma convencional de amor entre um garoto e uma garota. Mas da minha forma, minha forma platônica, singela e minha. A forma que apenas eu entendo. Uma forma na qual poderíamos criar nosso mundo e nos distanciar deste mundo terrível e repleto de falso. Da minha forma, do meu jeito, no meu mundo. Um amor que é só meu, entende? É, acho que não. Mas isso não importa tanto, afinal é algo meu. E se ninguém o entender melhor será, não é mesmo? Pois não correrei o risco de ele ser tirado de mim. Como sempre costuma a acontecer...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A gente.

Agente costumava ser só eu e você. A gente, ah agente... A gente sonhou, a gente riu, a gente caiu, a gente brigou – e como a gente brigou -, mas a gente amou. Amou como duas crianças podem amar. E olha, que bem que a gente amou, e se possível a gente ainda amaria não amaria? Afinal a gente é o eterno a gente. Que só a gente entende. 



Acaso Afortunado.

Mogi das Cruzes, 4 de Setembro de 2010.

Querido acaso afortunado,

Há tempos que a ti não escrevo. Perdoe-me, mas estive de fato ocupada.
Nesses últimos anos muitas coisas mudaram. Aprendi a perde parentes, brigar, escovar o dente. Tive namorado fake, namorado real. Tive meu coração partido duas vezes, mas, também parti alguns. Menstruei, tive medo, sonhei. Ganhei uma saga de livros, chorei por ídolos, aprendi inglês. Briguei com minha mãe, chorei pelo meu pai, ganhei um irmão, chorei por saudades de coisas que nem ao menos vivi, colei posters na parede, troquei de quarto, fingi ser super herói, ganhei guarda roupa. Fui para a praia, aprendi poesia. Escrevi historia, conheci amigos que hoje são irmãos. Comprei lanterna, li livro no escuro. Tive preliminares, tirei dente, larguei o aparelho, ganhei computador.
Bem acaso, tudo mudou. Eu mudei meu cabelo, minhas roupas, meu rosto, minha personalidade. Cheguei até a por pircing e tatuagem de rena. Bebi comprimidos para cessar dor que vem da aula, ouvi coisas que não são desse plano espiritual.
Tantas coisas, que temo não me lembrar de todas.  Mas ao todo, o que mais me dói sou eu. E a forma que consegui esquecer as juras que a ti fiz. 
Acaso, perdoa-me. Cresci e de ti por um longo tempo esqueci.
(...)
Mas acaso, fala-me de ti! O que faz? Por onde anda? O que me reserva? Pode me contar? Espero que sim. Não aguento mais essa curiosidade inquietante que me segue.
(...)
Enfim, acho que é hora de me despedi, não?
Um beijo, um abraço, um pedido de Lethicia que agora é Davis
Que foi e sempre será a garota dos olhos brilhantes e sonhos grandes.